Dificil de entender...

Difícil…  De se entender, de se sentir, de se esquecer...
Tanto tempo se passou, hoje tanta coisa mudou. Eu mudei, jurei não mais sentir algo tão forte. Algo que fosse capaz de me deslocar do mundo, das pessoas… me fixando somente em uma única... Algo raro, algo mágico. Onde o medo não existia e a solidão nunca havia estado sozinha. Permanecia ali, eu e você. Mais ninguém, mais nada.Nossos olhos brilhavam, você me fazia sorrir, seus dedos entrelaçados aos meus, era tudo que precisava ter para me sentir segura. Nunca pensei que fosse largar a sua mão. Até que um dia, todas as promessas foram quebradas, jamais seriam cumpridas. Não tive em que me apoiar mais, parecia desabar ao chão. Assim como a chuva de domingo, que caía com força enxarcando o vidro da minha janela. Procurava enxergar mais não via nada. Eu pensei em você.  Desceu uma lágrima, acompanhada de outras que escorriam lentamente sobre minha face.
Um silêncio... Uma dor... Você jamais voltaria pra me aquecer entre seus braços, e enxugar minhas lágrimas. Você não iria mais sussurrar em meu ouvido, dizendo que me amava. A não ser nas minhas eternas lembranças, na minha mente, no meu fraco coração. Que não aguenta de saudade e não vê a realidade.
Eu queria você aqui. Dizer isso é difícil, é doloroso. Ao olhar suas fotos, tento apagar você de mim. Mais é impossível quando eu lembro o quanto você estava feliz nela. Me sinto tão bem ao ver essa imagem. Sou incapaz, forte talvez. Hoje o difícil é mais do que pensava ser. É o que vai ser pro resto dos meus dias. Difícil, é tão difícil. É difícil viver sem você, aqui. Era tudo tão diferente, tudo tão melhor com voce do meu lado... Sempre ali... ao meu lado.

Carta do coração amargurado...


Ilmo. Sr. sentimento,


No dia de hoje, resolvi enviar -lhe esta carta. Para esclarecer uma situação e definir a próxima atitude a ser tomada.
Vossa senhoria tem adentrado em minha intimidade, invadindo-me e tirando meu sono, todo o sossego que me convinha quando adquiri minha independência, com relação a outros como o Sr. E a coação fatídica que sofro por parte dos seus representantes, se é que posso chamá-los assim, não me é cabível.
Ainda ressalto a atitude do Sr. Cupido, que diga-se de passagem, insiste a induzir-me a atitudes inimagináveis.
Tens me torturado e me dado muito prazer ao mesmo tempo e isso, convenhamos, não é justo para nenhuma das partes interessadas. E o Sr.Cupido, seu braço direito, parece que me elegeu como vitima primordial dos seus atos imperitos, pois constantemente sento-me levada pelo vicio. Confesso sucumbi nesse jogo libidinoso dos seus afins. Trepidei diante da vossa investida, na busca pelo êxito de persuadir a minha pessoa. Desde que começaste a tentar me ludibriar,investindo mais e mais, querendo me fazer viciar nesse inconstante desejo de liberdade, que sua droga nos proporciona, a minha vida tem se tornado envolta a constante acessos, constante overdose.
Desde que começaste a me induzir com esse ar de volúpia maleficência, minha vida tem se transformado em jogo de quebra-cabeça, onde sempre perco por falta das peças principais. E quando na busca, suponho ter encontrado o que me faltava, acabo sempre incompleta. Pois percebo que determinada peça faz parte do jogo de outrem, não se encaixa no meu. E estas determinadas peças são o suporte que catalizam essa droga, esse vírus que me perturba. São seres imensuravelmete sublimes no espírito e no modo de viver.
Incomuns na maneira de cativar, com tamanha exatidão e logo após... dominar completamente meu inconsciente ficam para sempre marcadas,[...].
Enfim, caríssimo sentimento, venho por fim demonstrar lhe a finalidade desta carta e lhe comunico expressamente:
- Por favor, suspenda seus cupidos,guarde suas flechas do amor, romantismo e paixão: Estou de ferias por tempo indeterminado. Será o tempo para recuperar a independência que a muito me era indispensável.
Recuperar me para a próxima.
Ou que pelo menos venha nos olhos e no sorriso de outrem que venha a valer o sacrifico que o Sr. sentimento força me a passar.
Aguardo sua compreensão, porém não esperarem seu deferimento.

PS:(Para o amor): Por favor quando voltar chegue devagarinho... e permaneça de modo sutil ocupando seu espaço reservado.

Com ternura,
Coração Amargurado.

Estranho modo de amar!!!

O dia em que seremos felizes...


Tão estranho a forma de amar,

amamos e sentimos ciúmesciúme bobo, muitas vezes inconveniente.
Amamos e sentimos medoum medo de um dia estar só, de que a pessoa amada siga em viagem sem lhe presentear com uma passagem para o mesmo lugar.
Amamos e sentimos raiva,
raiva de não sermos entendidos, como se a pessoa amada tivesse a obrigação de ter o dom da premonição, e pudesse nos compreender pelo menos naquele momento que mais estamos chateados.
Amamos e sentimos muitas vezes rejeição,
pelo simples fato de não ser notado o novo corte de cabelo, a nova roupa, a nova investida.
Amamos e nos tornamos loucos,
loucos pela felicidade a dois, um mundo colorido feito para apaixonados.
Loucos pela vida, como se o hoje fosse um dos primeiros dias dos milhões que ainda viveremos.
Tão estranho a forma de amar, Somos muitos em um só, muitos sentimentos, muitos desejos, muitos planos...
Não quero dominar o amor, quero que o amor me domine.
Pois amor que é AMOR, é tudo... é certeza, é companhia, é amizade, é paixão, é criança, é eterno.
Tão estranho esta forma de amar,
que me perco até nos versos mais simples de um poema,
pois tem tantas formas de se escrever sobre o amor, algumas simples outras complexas,
mas todas com o mesmo sentido, que o amor tudo supera.

"SAPATOS"

Hoje era para ser um dia importante.
Um dia de nós dois...
Mas não somos um nós, e para falar a verdade, hoje, nem sequer me sinto ‘’um’’!
A indiferença é como um sapato apertado...
No começo fingimos que não incomoda, aparentemente sorrimos como quem nada sente, mas com o tempo, se insistirmos, a dor vai aumentando minuciosamente devagar, mas tão intensa, tão intensa, que se não arrancarmos o sapato e não o jogarmos para longe, o ‘’mundo’’ certamente acaba em dor.
E é assim que eu me sinto, com um sapato apertado que me tortura em dor.
E tudo que eu quero, é parar de pensar no quanto eu gosto dele, no quanto ele combina comigo, e fazer logo a troca, ou no mínimo, aceitar de uma vez o fato de que esse não é o meu número e nem meu sapato perfeito.
Talvez ele até seja perfeito,enfim.. mas não é meu,enfim..
Mas sabe o que me inspira e me consola? O alivio!
Porque todos sabem que depois de tirar um sapato apertado, a impressão que temos é que ele nunca apertou, e nesse momento, sem dor, só nos restam as lembranças...
E a dor que eu certa sei que senti intensamente, não mais consigo materializar.
E é fantástico esses sentimentos que mal posso traduzir em palavras, de tão importantes que são.
E o curioso, incrível e fascinante é que mesmo depois de jogar o sapato que eu odeio,
( por não odiar) , na parede, com a raiva que eu sinto do mundo estar feliz, com a infelicidade da inveja, e com a vergonha do que eu sinto mesmo não querendo sentir, depois de livre da dor, depois de vazia.
Ainda assim me sinto feliz, pois só me restam as lindas lembranças do sapato perfeito, que sonhei que eram meus, mas que não me servem...

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo. 
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. 
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. 
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! 
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. 
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer: 
- E daí? EU ADORO VOAR!


Clarice Lispector ...

Amor em estado bruto...

O amor, na essência, necessita de apenas três aditivos: correspondência, desejo físico e felicidade. 
Tempo, pensamento, libido e energia são solteiros e morrerão assim, mesmo contra nossa vontade.

O que é, o que é? Faz você ter olhos para uma única pessoa, faz você não precisar mais ficar sozinho, faz você querer trocar de sobrenome, faz você querer morar sob o mesmo teto. Errou. Não é amor.

Todo mundo se pergunta o que é o amor. Há quem diga que ele nem existe, que é na verdade uma necessidade supérflua criada por um estupendo planejamento de marketing: desde criança somos condicionados a eleger um príncipe ou uma princesa e com eles viver até que a morte nos separe. Assim, a sociedade se organiza, a economia prospera e o mundo não foge do controle.

O parágrafo anterior responde o primeiro. Não é amor querer fundir uma vida com outra. Isso se chama associação: duas pessoas com metas comuns escolhem viver juntas para executar um projeto único, que quase sempre é o de construir família. Absolutamente legítimo, e o amor pode estar incluído no pacote. Mas não é isso que define o amor.

Seguramente, o amor existe. Mas, por não termos vontade ou capacidade para questionar certas convenções estabelecidas, acreditamos que dar amor a alguém é entregar a essa pessoa nossa vida. Não só nosso eu tangível, mas entregar também nosso tempo, nosso pensamento, nossas fantasias, nossa libido, nossa energia: tudo aquilo que não se pode pegar com as mãos, mas se pode tentar capturar através da possessão.

O amor em estado bruto, o amor 100% puro, o amor desvinculado das regras sociais é o amor mais absoluto e o que maior felicidade deveria proporcionar. Não proporciona porque exigimos que ele venha com certificado de garantia, atestado de bons antecedentes e comprovante de renda e de residência. Queremos um amor ficha-limpa para que possamos contratá-lo para um cargo vitalício. Não nos agrada a idéia de um amor solteiro. Tratamos rapidamente de comprometê-lo, não com o nosso amor, mas com nossas projeções. 

O amor, na essência, necessita de apenas três aditivos: correspondência, desejo físico e felicidade. Se alguém retribui seu sentimento, se o sexo é vigoroso e se ambos se sentem felizes na companhia um do outro, nada mais deveria importar. Por nada, entenda-se: não deveria importar se outro sente atração por outras pessoas, se outro gosta de fazer algumas coisas sozinho, se o outro tem preferências diferentes das suas, se o outro é mais moço ou mais velho, bonito ou feio, se vive em outro país ou no mesmo apartamento e quantas vezes telefona por dia. Tempo, pensamento, fantasia, libido e energia são solteiros e morrerão solteiros, mesmo contra nossa vontade. Não podemos lutar contra a independência das coisas. Aliança de ouro e demais rituais de matrimônio não nos casam. O amor é e sempre será autônomo.

Fácil de escrever, bonito de imaginar, porém dificilmente realizável. Não é assim que estruturamos a sociedade. Amor se captura, se domestica e se guarda em casa. Às vezes forçamos sua estada e quase sempre entregamos a ele os direitos autorais de nossa existência. Quando o perdemos, sofremos. Melhor nem pensar na possibilidade de que poderíamos sofrer menos.

A sensação de cada toque...


A sensação de cada toque, desperta saudades antigas...
Não sei controlar...
Forte pela expressão de amor, suave em cada 
imagem construída, sereno pela espontaneidade!
Serenidade que encontrei no sonho de ontem a noite. 
Sonho esplêndido, cheio de facetas de minhas vida, e que prevaleceu esta manhã, deixando me com as sensações a flor d pele.
Tu estavas nele,  em meu inconsciente. Invadindo me...
Em doces pensamentos... que me levam ao longo de um momentâneo êxtase.
O meu equilíbrio de emoções é expresso em seu sorriso.
No sonho, abraçava me como antigamente. Sintetizando o primeiro abraço, um arco-iris de cores se formou no meu olhar. 
Aquele abraço que tanto necessito,hoje, aquele cheiro que é só teu.
Na ultima vez, eu quis te perguntar dizer qualquer coisa... mas apenas olhei fundo em seus olhos e sai.
Meu maior desejo era que você me pedisse para ficar.
Gostaria de buscar ouvir -te, 
 Sentir a natureza intima de seu ser,
desvendar seus sonhos, seus pensamentos,
E em  seu momento mais sensível, mais intimo...
Permanecer contigo cada instante.
Deixa-me te amar em silêncio.
Silêncio que só é quebrado com o som da sua voz que ficou nas canções.

Numa essência de silencio e som ...
Som da tua voz calma
Silêncio do teu sorriso, desenhado.
E lá esta você... deliciosamente presente...

Me ama, me beija, me enlouquece ... 
Há momentos em que dormindo,
Me são dados sonhos lindos,
Encantados, maravilhososperfeitos,
livres, leves e soltos ...
Do jeito que só tu sabes... meu benzinho!!
Inventava abraço só para ter teu cheiro em mim,
E ver esse sorriso sem jeito, Cativante, inebriante, extâsiante, excitante que tu tens. 
Ahh!!! Sonho de consumo...
Que me convida, com com esse jeito de seduzir.
Tinha algo mais a dizer,

mas prefiro fechar os olhos e sentir o teu perfume
que o vento espalha pela noite!
E que singelamente se aconchega em meus sonhos.

By Lúhh Tamires...